sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Lance Armstrong passou de herói para vilão!


Lance Armstrong, o maior ciclista do mundo, confessou em entrevista para americana Opraha Winfrey, exibida nesta quinta-feira nos Estados Unidos e em todo o mundo, que venceu os sete títulos da Volta da França, dopado.

Para ganhar e quebrar recordes da competição, o ex-ciclista fala que fez uso de eritropoetina (EPO).  A confissão foi feita em um sistema no qual a apresentadora fazia as perguntas e Armstrong respondia com “sim” ou “não”.

Armstrong também não acredita ser possível vence sete títulos da Volta da França, sem usar drogas “naquela cultura”.

“Tomei minhas próprias decisões. São meus erros. Estou aqui sentado para reconhecer isto e dizer que lamento”, diz o ex-ciclista, que também admitiu que sempre mentiu quando negou o uso de substâncias ilícitas e que cometeu excesso com outras pessoas, mas garantiu que jamais obrigou seus companheiros de equipe a fazer o uso dessas substâncias.

Ele conta ainda que nas edições de 2009 e 2010, ele competiu sem estar dopado. As provas marcaram seu retorno às competições francesas após se aposentar pela primeira vez em 2005.

O jornal americano USA Today também noticia que o ex-ciclista e seus representantes têm tido reuniões com a Agência Americana Antidoping (Usada) para acertar uma confissão minuciosa de esquema do qual ele fazia parte. Armstrong também que reduzir sua punição, pois ele foi banido do esporte.

A verdade é uma só. Armstrong foi um mau caráter e um péssimo exemplo para todos os atletas sem restrições de esportes. Em uma entrevista que eu fiz com saltador Mauro Vinícius, o Duda, ele me contou que na hora do exame é muita tensão e todos os atletas ficam com medo. Eu não acredito que Armstrong poderia ser tão frio e não passar nenhuma desconfiança para os fiscais do doping.

Se dopar para conseguir um título é falta de respeito com os seus concorrentes.  Isso também vale para os profissionais que mentem informações no seu currículo para conseguir uma vaga de emprego.

O que ele fez pode dar margens para outras pessoas se espelharem e entenderem que podem trapacear em tudo, até mesmo sabendo que pode prejudicar outra pessoa.

Então é importante fazermos algumas perguntas internas. Até que ponto vale trapacear para ganhar alguma coisa? Eu não posso vencer sem trapacear? Como ficará minha reputação caso alguém saiba da minha trapaça? Será que no futuro vou enxergar que fui um vencedor ou trapaceador? Qual exemplo eu quero dar para os próximos?

Em 10 de outubro passado, um relatório da Usada (Agência Antidoping dos Estados Umidos) apontou o envolvimento dele no "mais sofisticado, profissionalizado e bem sucedido programa de dopagem que o esporte já viu", envolvendo esteroides anabolizantes, hormônios do crescimento humano, transfusões de sangue e outras infrações. Dessa forma, Armstrong foi banido do esporte e passou de herói para vilão.

Ele poderia ter sido outro Jordan, Pelé, Muhammad Ali, entre outras lendas do esporte. Só que preferiu o caminho errado porque parecer ser mais fácil, entretanto, sempre mais perigoso.

A segunda parte da entrevista de Oprah Winfrey será veiculada nesta sexta-feira, no Discovery Channel, por volta da meia-noite.



Nenhum comentário: