sexta-feira, 25 de julho de 2014

Imóveis com dois dormitórios estão em alta

O analista de sistema Rogério Baco, 27 anos e a auxiliar de enfermagem Aline Dakmer, 28 anos, compraram a primeira moradia há quatro meses. Escolheram o imóvel em um condomínio residencial com dois dormitórios e que tivesse nas condições financeiras do casal. Eles estão nas estatísticas apresentadas, ontem, pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP), que afirma que 45,4% das pessoas estão comprando imóveis na vertical com dois dormitórios.
De acordo com o estudo do Secovi-SP, realizado no período de maio de 2011 a maio de 2014, foram lançados 6.980 imóveis e 45,4%, sendo 2.990 são correspondentes a dois dormitórios econômicos, com valores de até R$ 145 mil.
“Comprei com dois dormitórios, pois é mais barato e é o essencial para a gente nesse momento”, explica Baco, que precisou dar uma entrada de R$ 40 mil e parcelar o restante em R$ 860 por mês.
Segundo Alessandro Nadruz, diretor regional da Secovi em Rio Preto, a explicação para o aquecimento do setor está no desenvolvimento da região nos últimos meses e no incentivo do governo federal. “Os números mostram que o mercado está em expansão”, fala.
Nadruz diz que diferente do ano passado, que era possível ver o maior número de construção na região norte, a zona sul também ganhou espaço e hoje está equilibrado. “O cliente agora poderá escolher onde quer investir o seu dinheiro”, diz.
Flavio Amary, vice-presidente do Secovi-SP, no interior, a procura por dois dormitórios é o novo modelo da população, que não busca ter muitos filhos. “As pessoas estão casando mais tarde. Não querem ter muitas crianças e buscam apartamentos de um e dois dormitórios, no máximo.”
Ainda segundo o estudo, nos últimos três anos foram lançados 1068 unidades de três dormitórios, com participação e 16,2% além de 512 e 286 imóveis de um dormitório tradicional e um dormitório econômico, respectivamente. Já os imóveis de dois dormitórios tradicionais complementam o segmento com 17,34 unidades (26,3% do total), somando 4.724 imóveis no período de maio de 2011 a maio de 2014.
No prazo de três anos foram lançados 6.590 imóveis (Foto: Arquivo DHoje)
No prazo de três anos foram lançados 6.590 imóveis (Foto: Arquivo DHoje)
A oferta está compatível com a procura
No período de maio de 2011 a maio de 2014 foram lançados 6.590 imóveis, e vendidos 4.724, das unidades sendo 2.104 de dois dormitórios econômico (44,5% do total vendido) e 1.078 de dois dormitórios tradicional, com fatia de 22,8%.
“A cidade registrou um número expressivo em vendas no último ano e há um saldo de oferta que tende a se acomodar no mercado. Está dentro de uma média positiva e comparada às demais cidades do interior”, explica Flávio Amary.
Segundo ele, a Baixada Santista é a mais prejudica no momento.
De maio de 2010 a maio de 2013 foram lançados 15.573 imóveis e vendidos apenas 9.382 unidades.
De acordo com Joaquim Ribeiro, presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci), isso acontece por que muitas pessoas querem investir em imóveis.
“Você tem um dinheiro sobrando o que faz? Investe em alguma coisa, pois sabe que terá retorno”, fala.

Ribeiro acredita que imóvel é o investimento mais rentável que existe e a expectativa é que o setor continue crescendo.
Reportagem minha publicada no Jornal DHoje - www.dhojeinterior.com.br 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Vidente previu goleada para Alemanha sem Neymar e disse que Fred não servia

Depois da tragédia do Mineirão na derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha passou a circular pela internet a entrevista de um vidente que previu que a seleção verde e amarela não seria campeão da Copa do Mundo e que ao longo do torneio perderia seu principal jogador, Neymar.

Carlinhos Vidente concedeu entrevista no dia 13 de junho para o programa Apucarana no Ar, da RTV, do Paraná, e disse com todas as letras que o título ficaria entre Alemanha, Holanda e Argentina.

“O Brasil não vai ganhar a Copa do Mundo. Essa Copa ‘tá’ entre Holanda, Alemanha e Argentina. O Brasil pode até chegar à final, mas não leva. (...) Queria que isso (vencer o torneio) acontecesse, mas eu não vejo isso, até mesmo porque uma das forças maiores da seleção brasileira pode não chegar até o fim da Copa”, afirmou Carlinhos após o primeiro jogo do Brasil contra a Croácia, uma vitória por 3 a 1, disputado dia 12 no Itaquerão.

Durante a entrevista, Carlinhos disse também que Fred não era jogador para uma Copa do Mundo e reiterou na ocasião que se Brasil enfrentasse Alemanha ou Holanda, levaria um gol atrás do outro.

“O Brasil não ganha a Copa do Mundo. O Brasil vai perder o Neymar em pelo menos uma ou duas partidas. O Neymar pode nem jogar do segundo jogo para frente. Fred não serve para jogar Copa do Mundo. É mais para Alemanha ou Holanda. Se o Brasil pegar a Holanda ou Alemanha, o Brasil não faz um gol. Pelo contrário, vai levar gol um atrás do outro. O Brasil não tem bola para enfrentar Holanda ou Alemanha”, previu.

Veja o vídeo aqui:

terça-feira, 1 de julho de 2014

A minha camisa da Seleção



DE CAIO MACIEL*

Ganhei uma camisa da seleção brasileira de aniversário. Ganhei da minha namorada. Uniforme número dois, azul. Sem nome, sem número. Ela não sabia qual jogador eu queria estampado nas costas ou se preferia o meu próprio nome. Fez bem.

Perguntou, então: “Neymar ,10, certo?” nada disso. Admiro o futebol do nosso craque. A camisa dez do nosso rei está muito bem com nosso menino. Que poderia ter como sobrenome a palavra “estrela”, de tanto que ela lhe persegue. O topo está próximo do garoto de cabelo metamorfósico, a um passo dos monstros do futebol mundial de hoje, Messi e Cristiano Ronaldo.

Escolhi o outro craque. O outro fora de série da nossa seleção. Aparece pouco e nem é tão badalado comercialmente quanto seu companheiro David Luiz, mesmo o cabeludo sendo inferior tecnicamente. Queria a camisa 3 de Thiago Silva. Além de capitão é um verdadeiro monstro na zaga, um líder técnico, diferenciado e quase imbatível. Nas peladas finjo ser ele: o homem que superou uma tuberculose, deu um nó na vida e dobrou a ciência pra se tornar o melhor zagueiro do mundo.

Mas os heróis são de barro e podem se desfazer. As lagrimas de Thiago Silva antes das cobranças de pênaltis contra o Chile fizeram toda a minha idolatria e admiração evaporarem assim. Me distanciei ainda mais do capitão quando vi ele longe do time. Uma bola lhe serviu de a poio e impediu que ficasse no chão derrotado. Companheiros de coletes, reservas mesmo, levavam palavras de calma a Thiago. Pareciam filhos acalmando o pai. Uma cena triste em sua essência. Toda a magia em torno do herói se foi de vez quando ele pediu pra ser o último a bater o penalti, atrás até do goleiro Júlio Cesar, quando lhe caberia muito bem a primeira cobrança. Como uma criança preferiu o escuro e solitário rosto enfiado na grama do que olhar seus companheiros baterem os pênaltis. Todos os cobradores mais novos do que ele.

Seria Thiago Silva o homem certo pra erguer a taça de um hexa campeonato em pleno país do futebol?
Mas ai vem a razão e a pergunta muda. Porque deixar de confiar em quem mostrou sentimentos tão humanos? Medo, choro, falta de confiança. Afinal, o destino lhe escolheu entre bilhões pra ser o capitão da maior seleção do mundo na copa no Brasil. Não é pouco. E assim o ídolo toma forma de novo. Mais forte ainda. Mostrou um lado frágil e o superou.

Até porque qualquer herói perde uma grande batalha antes de vencer a guerra. Batman tem a costela quebrada por Bane antes de derrota-lo. O Homem de Ferro perde tudo antes de vencer Aldrich Killian. Se eles que são super heróis dos quadrinhos e cinema podem fraquejar, porque não Thiago Silva? Melhor agora nas oitavas do que na final.

Minha camisa da seleção é de numero três com orgulho e eu não a trocaria por nenhuma outra. Percebo que o destino reservou ao homem certo a braçadeira. Você tem a minha confiança, capitão.
*Caio Maciel é jornalista e trabalha na EPTV Campinas como repórter de esporte.