quarta-feira, 23 de novembro de 2011

José Luiz Datena é entrevistado no Roda Viva

Esteve no centro do Roda Viva, nesta última segunda-feira, o apresentador que diz que Jesus Cristo é o seu maior e único mestre; não tem nada contra os ateus; e fala o que pensa. Saiu da Rede Record e voltou para a Band justamente por gostar de falar o que vem à cabeça.

José Luiz Datena considera-se "justo, brigão e espontâneo". “Faltaram condições de trabalho e não me deixaram fazer declarações na imprensa. A Record não fez esforço nenhum para que eu ficasse lá. Eu até desconfio que fui para lá por questões judiciais”: é assim que justifica sua saída da emissora do bispo.

Sobre a política no Brasil: “Não sou politico e nem corrupto”. José Luiz Datena chegou a filiar-se ao PT, mas não prosseguiu: “Ainda bem que não virei político”. Para ele, a presidente Dilma não é apena um produto do ex-presidente Lula, e afirma que fala sobre ela sempre no seu programa.

O apresentador da TV Bandeirantes considera o sistema penitenciário "um lixo, [que] não reforma ninguém”. Também não é a favor da pena de morte e admite que fumou maconha duas vezes.

Veja a página completa do programa, com vídeos de bastidores, fotos e as charges do Caruso

Diariamente, à frente de um programa policial, Datena põe na tela matérias sobre crimes que ocorrem nas cidades brasileiras. Mesmo assim, defende que o Jornal Nacional muitas vezes mostra mais crime que os próprios programas policiais. “Eu nunca vi ninguém perguntar para o William Bonner porque ele dá tanta notícia de polícia”.

O jornalista diz que o Ibope deveria ampliar a sua forma de apuração. “O Ibope não afere audiência em lugares perigosos”. Ele diz que não sabe muito bem qual é o seu público, mas constatou que 80% são mulheres, “com uma faixa etária um pouco mais de idade”.

No Roda Viva, Datena falou ainda sobre o repórter cinematográfico da Band que morreu com um tiro no Rio de Janeiro. “Ele foi porque ele gostava de fazer isso. Não fui eu quem criou esse tipo de programa, eu sou apenas o apresentador”.

O apresentador declarou ainda que está cansado da vida que leva profissionalmente. Gostaria de ter um programa mais tranquilo, prazeroso. Diz que faz o que faz por que as emissoras o querem em programas policiais. “Eu fazia humor”. Mas, como ele mesmo diz, caiu no jornalismo policial por acaso e ficou porque rende muitos pontos no Ibope.

Um apresentador de poucos amigos. Um deles é o Kajuru. “Ele é um pouco mais louco que eu no ar. O que a imprensa fez com ele foi um assassinato. O Kajuru é um gênio. Foi exatamente porque ele mexeu com os poderosos que ele se ferrou”.

"Preconceito? Eu não sofro algum preconceito, eu sofro todos. Mas eu apresento o programa que me deram para fazer”. Mesmo assim, faz o programa que considera reacionário. “Não gosto dele. Acho horroroso". Datena defende que, mesmo com esse formato, o programa tem a sua função social. “Eu não odeio o programa, odeio o que acontece nas ruas do Brasil. O mal está na rua”.

Sobre o traficante Nem, ele diz: “Ele é um canalha, um bandido, um crápula. Ele matava as pessoas e expunha partes dos corpos para dizer que eram dedo duros. Não adianta colorir esse cara como se fosse Robin Hood”.

Nas horas vagas, gosta de ficar em casa sem fazer nada. Deitar no sofá e assistir documentários de canais fechados é o seu programa preferido. Gosta de carros e relógios; a justificativa para isso é que já passou muita dificuldade financeira e agora gosta de desfrutar. Com a família, classifica-se como um pai ausente.

“Eu achei sacanagem”, declarou Datena sobre o afastamento de Rafinha Bastos do CQC. “Não foi legal essa atitude que tiveram”.







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