terça-feira, 3 de abril de 2012

Ajude um Repórter

A primeira vez que vi @ajudeumreporter, foi pelo meu amigo Heitor Mazzoco, no twitter. Pensei que fosse uma daquelas campanhas de um colega em situação difícil. Cliquei e encontrei um site, onde existiam vários repórteres precisando de ajuda. E todos precisavam da mesma: encontrar uma fonte para as suas reportagens. (Para quem não sabe o que é fonte. Fonte são como chamamos as pessoas e instituições que são entrevistadas ou dão informações ao repórter para que este produza as suas reportagens).

Após o espanto inicial com a novidade veio a incredulidade: a que ponto chegamos. Jornalistas procuram alguém para preencher o vazio, não de seus corações, mas de suas pautas, pois percebo que está cada dia ficando mais difícil ter e continuar tendo uma fonte.

Assim como os solitários dos classificados idealizam um amor perfeito ["homem, meia idade, sit. financeira estabilizada, procura mulher 30 anos a 40 anos, loira, olhos azuis, s/ filhos, + 1,70m, p.relacionamento sério. Prefr.BH. Quando comecei a fuçar percebi que os repórteres precisam de ajuda também e, estão em busca do entrevistado ideal.

O resultado da busca pela fonte ideal, aparentemente, tem sido um sucesso. O serviço foi aprimorado e ampliado. Além do Twitter, está no Facebook, virou blog e um site onde jornalistas e fontes se cadastram em busca do encontro perfeito.

Eu me cadastrei, mas até agora não precisei usar. Agora, fico a imaginar como seria o flerte entre o repórter e o entrevistado pretendente. Será que vai ser uma conversa como nos sites de bate-papo? Vou precisar chamar para tomar um café? Vou ter que dizer que sua identidade será mantida, caso a pauta pode prejudicá-lo?

Procurar por possíveis fontes sugeridas na pauta (o planejamento da matéria, como costumamos chamar as reportagens) nem sempre é uma tarefa fácil. E mesmo antes da internet repórteres sempre recorreram a uma rede de amigos, amigos de amigos, conhecidos, e a listas organizadas de especialistas em determinado assunto para conseguir um entrevistado, uma fonte ou, como se diz no jargão das redações, um personagem.

Os repórteres estão mesmo precisando de ajuda, mesmo assim, temos que tomar cuidado. Agora, uma pergunta: Será que esse site vai virar?

Um comentário:

Gustavo disse...

Olá, Franklin. Obrigado por visitar o ARPO.
Acredito que já passamos da pergunta se o site vai virar ou não. O serviço já existe há 2 anos e o site está no ar desde julho do ano passado, com mais de 6000 usuários registrados e sendo usado por pequenos e grandes veículos do Brasil inteiro.

O desafio é ser sustentável, mas a utilidade já foi provada na prática.

Abs