sábado, 7 de abril de 2012

Volta Kaká

Por ROBERTO VIEIRA

Chega de Ronaldinho Gaúcho!

Tchau, Adriano!

Tragam de volta o Kaká.

Kaká que agüentou calado a sua paixão.

O calvário do ostracismo.

As dores da profissão.

Kaká que marcou um golaço contra os cipriotas.

Kaká que reúne muita bola e muito profissionalismo.

Como Messi.

As arquibancadas sabem.

Ele já não é um menino.

Carrega em si as marcas de quem foi Messi(as).

E teve de se conformar gentio.

Carrega em si a perda da inocência.

A descrença.

O gosto amargo da derrota.

Por tudo isso, Kaká é necessário.

Pois o grande craque só é genial quando sofre.

O grande capitão só é digno quando chora.

Seja Bellini ou Mauro Ramos de Oliveira.

Em um futebol sujo, corrupto e apocalíptico.

Futebol onde antigos heróis se corrompem nas mãos do Poder.

A transparência de Kaká é a última centelha do Hexacampeonato.

Pois todos os heróis estão contando seus metais.

Em 2014?

É Kaká e mais 10.

Kaká que se cansou de renascer.

Kaká que aprendeu a ressuscitar.

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