terça-feira, 21 de junho de 2011

Senna: homem bom ou passado por bom?

É um dos heróis da Fórmula 1, e uma das personalidades falecidas mais apreciada em todo o Mundo. Ayrton Senna é até hoje, um dos maiores ídolos brasileiro. Suas corridas são lembradas com muita emoção pelos amantes do maior esporte automobilístico e, há quem diga, que nunca terá um piloto tão completo como ele.

Por isso, o cineasta Asif Kapadia buscou reunir todas as imagens de Ayrton e realizar o documentário “Senna”, que segundo Kapadia, não foi tão difícil. “Ele deve ter tido câmaras à volta dele toda sua vida. Ele era fantástico”, diz.

O documentário é excelente e faz recapitular a trajetória vitoriosa deste herói, mas fica a pergunta: Qual é a mensagem da película? Ela é parcial ou imparcial?

As imagens de “Senna” são todas reais, o diretor faz um rodeio dentro de sua carreira e mostra o quanto esse homem foi especial para o Brasil e para o Mundo. Até mesmo, todas as discussões com os grandes da Fórmula-1, e sua rivalidade com o piloto francês Alain Prost – outro ídolo do esporte – mostra que o brasileiro estava sempre correto.

O documentário puxa ‘sardinha’ para o lado de Senna, mas será que tudo isso era verdade? Os professores dizem que todos os jornalistas devem ser imparciais, porém, essa verdade não é praticada, porque todo veículo de comunicação tem um objetivo e uma linha política.

Contudo, o filme também é parcial, pois buscou mostrar apenas imagens, cujo Senna era passado como “bonzinho” – não que ele não seja, já que ajudou muita gente – mas, sua rivalidade com Prost ainda é uma incógnita, pois o documentário não tem entrevistas antigas e contemporâneas com o francês para saber sua versão, portanto, ele fica como ‘mal’ na história.

Sendo assim, o papel do jornalista é mostrar os dois lados da moeda, sempre. Sua apuração tem que ser crítica, ao ponto de entender a notícia e passar a verdade sobre os fatos. No livro “Os Elementos do Jornalismo – o que os jornalistas devem saber e o público exigir”, os autores Bill Kovach e Tom Rosenstiel, dois dos americanos mais críticos do meio de comunicação. Explica, que todo jornalista e todo leitor, deva buscar e exigir apenas a verdade nas noticias, porém, as verdades são fictícias, já que toda editoria tem uma linha ‘política’, mas querendo ou não, o papel do jornalista é buscar a averiguar todos os fatos. Então, faltou isso no filme, faltaram alguns comentários e depoimentos contemporâneos.


Nenhum comentário: