terça-feira, 24 de junho de 2014

Prostitutas reclamam de gringos na Copa: ‘porcos e mãos de vaca’

Todos sabiam que a Copa do Mundo seria uma oportunidade para as pessoas arrumarem uma "boquinha". Isso também não foi diferente com as garotas de programas.

Antes de começar o maior evento esportivo, algumas notícias diziam que as prostitutas estavam até aprendendo falar outras línguas para atender os turistas, que estariam no Brasil no período da Copa.

Mas nem tudo está sendo festa para essas profissionais do sexo.  De acordo com o Blog Montanhasrn, e outros sites nordestinos, as prostitutas de Fortaleza sofrem com os torcedores mexicanos e uruguaios.
"porcos e pães duros", reclamam as prostitutas. “Os caras chegam sujos e acham que somos obrigadas a sair com eles. Bebem o dia inteiro, ficam bêbados e não gastam dinheiro com a gente”, afirma as mulheres.

Veja a notícia abaixo:

Fortaleza vive intensamente o clima de Copa do Mundo. Os turistas espalhados pelas ruas ajudam a aquecer o comércio e aumentar o faturamento de vários tipos de prestadores de serviços. Nem todos, no entanto, conseguem aproveitar o momento como previsto. Figuras marcantes da orla da capital cearense, as prostitutas reclamaram bastante desta primeira semana de Mundial.

Longe do faturamento estimado, as garotas de programa apontaram dificuldade no relacionamento com os gringos e criticaram os grupos de mexicanos e uruguaios que passaram por Fortaleza recentemente. 

“Para nós, não adiantou muito a cidade lotada. Os brasileiros estavam preocupados em beber e comer em restaurantes, já os gringos são porcos e nunca querem gastar dinheiro. Reclamam do nosso preço, do hotel que precisam pagar. Não estamos satisfeitas”, relatou uma menina que se identificou apenas como Bruna. 

Ela ainda viu o coro endossado por outras colegas de trabalho. “Os caras chegam sujos e acham que somos obrigadas a sair com eles. Eu não sabia que seria assim. Bebem o dia inteiro, ficam bêbados e não gastam dinheiro com a gente”, reclamou Nicole, que trabalha como prostituta na orla de Fortaleza há seis anos.

As garotas ainda rechaçam a hipótese de que a elevação dos preços possa ter causado o distanciamento de novos clientes. 

“Atendi alguns brasileiros, mas nada perto do que imaginei. É claro que o preço aumentou, mas não foi isso que diminuiu o movimento. Antes, cobrava 70. Agora estou fazendo [programa] por 120. Não considero caro. Eles pagam muito mais em bebida e ingresso”, reclamou outra menina, que trabalha na Praia de Iracema.

A Associação de Prostitutas do Ceará (Aproce) disse não ter uma estatística atualizada que confirme os baixos números nos primeiros dias de Copa, mas revelou ter ouvido reclamações de algumas meninas.

Uma representante da associação ainda acusou a Polícia de dificultar o trabalho na orla da Avenida Beira Mar, principal ponto de concentração de hotéis e turistas em Fortaleza. Segundo ela, os agentes públicos pediam para as prostitutas ficarem em ruas próximas, dificultando o trabalho.

Ainda assim, as prostitutas não desanimam e esperam que o faturamento decole nos próximos dias. E apostam todas as fichas nos turistas europeus que chegarão para o duelo entre Alemanha e Gana, no próximo sábado, na Arena Castelão. 

“Eu quero mesmo é saber dos alemães. Esses têm dinheiro para gastar e parecem bem limpinhos. Precisamos recuperar o prejuízo dessa semana”, brincou Nicole.

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