segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Secretário da Cultura de Rio Preto pode ter sido traído por "amigos"


Eu vi no blog do jornalista Lelé Arantes que o prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes, já pensa em fazer uma reformulação de secretários no começo do ano. A primeira troca pode acontecer na Cultura, sai Alexandre Costa, entra o ex-deputado e ex-vereador Marcelo Gonçalves (isso ainda é boatos). Agora fica a pergunta: O que o Gonçalves já fez na cultura? Nada, como o próprio texto do Lelé diz. Mas tudo bem, pra quem já teve Antônio Parise, acho que não é um espanto.

Como alguns sabem sou ator e vejo que a cultura em Rio Preto é tratada como um lixo, às vezes não só pelo governo, mas também pela população que só lota teatros quando há espetáculos de famosos e em época de FIT – Festival Internacional de Teatro, entre outros festivais.

No começo desse mês (outubro) alguns artistas rio-pretenses ocuparam a Biblioteca Municipal, onde fica a Secretaria de Cultura, para reivindicar alguns direitos, um deles seria a devolução dos R$ 760 mil dos cofres da Cultura que foi remanejado para a Saúde. A crise financeira não é novidade para o setor como já diz o Jornal Diário da Região, em matéria publicada no último dia 25 de setembro: “a fatia orçamentaria da Cultura neste ano era de R$ 4,6 milhões – R$ 200 mil a menos que no ano anterior – e correspondia a menos de 1% do total, de 1,29 bilhão do orçamento da Prefeitura”.

Agora, fica uma pergunta: Por que esse dinheiro foi remanejado? Foi para melhorar a saúde mesmo? Eu até apoio que seja isso, mas desde que não haja saracoteio na política, entretanto, parece ser. Ouvi, de algumas fontes, que Alexandre Costa (PTB) foi traído por gente do partido, até mesmo Gonçalves, que assumirá a direção do partido em Rio Preto. E que ele também está cansado do que estão fazendo com a cultura, pelo meu ver, ele até tenta, mas alguém boicota – não sei dizer quem, mas como todos sabem a maioria das pessoas que passam a gente para atrás é próximo, como diz o meu pai: “procure nunca ter sócio na vida e evite trabalhar com pessoas próximas (amigos e parentes), pois evitará problemas.”

Acredito que até o Prefeito quer que ele saia, só pode ser isso ou alguém muito ligado ao Valdomiro. Bom, tomara que esse desfecho seja bom, afinal faz tempo que a cultura perde espaço na cidade, o que é triste para a população – porém, deve ser isso mesmo que os governantes queiram, gente burra para ser ludibriada.

Confira o texto do Lelé Arantes:

O prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes, vai reformar seu secretariado no começo do ano. Fonte próxima ao gabinete garante que muita coisa vai mudar, a começar da óbvia troca na Secretaria de Cultura. Deve sair Alexandre Costa para a entrada do ex-deputado e ex-vereador Marcelo Gonçalves, que vem sendo tratado como “um nome técnico para a Cultura”.

Para quem não se lembra, Marcelo presidiu nos anos de 1980, na primeira administração de Manoel Antunes, a Comissão Municipal do Carnaval. Isso é o mais próximo que Marcelo já chegou do mundo cultural local. No governo de Mário Covas, ele foi secretário estadual de Esporte e Turismo.
A indicação de Marcelo Gonçalves para a Cultura deve ser feita por Luiz Carlos Motta, o novo cacique petebista da região, nomeado recentemente por Campos Machado. O atual secretário, Alexandre Costa, vem sofrendo um lento processo de fritura.

O setor cultural não vê essa nomeação com bons olhos, mas pra quem já teve Ruy Sampaio e Waldner Lui, ambos tão jornalistas quanto Marcelo, a situação não deve mudar muito. Afinal, quem indicar para essa Pasta sem dinheiro e sem projetos, cuja única despesa grande do ano foi contratar banheiros químicos!

Alexandre Costa esteve mais para sparring do que para secretário.
O problema de tudo isso é que a pasta da Cultura não interessa para prefeito algum. A Cultura parece ser, aos olhos dos administradores, um câncer, um cancro, uma doença incurável que eles não conseguem extirpar da administração.

 Costa até tentou fazer um bom trabalho, mas o sistema local não deixa. O sistema é viciado, está sempre cheio de mesmice.

Os agentes culturais da cidade reivindicam há anos a criação de um Conselho Municipal de Cultura com prerrogativas deliberativas. Os prefeitos fogem de conselhos deliberativos como o diabo foge da cruz. Como prefeito nenhum quer investir em Cultura, ter um conselho deliberativo é jogar nas mãos dos agentes culturais a batata quente que hoje está nas mãos do administrador.

Esperamos que, Marcelo Gonçalves, por ser uma velha raposa da política (no bem sentido) consiga exigir do prefeito Valdomiro Lopes um tratamento melhor para a Cultura, de maneira a evitar que sue filme política seja queimado de vez.

Artigo sobre a ocupação na Cultura, escrito deputado estadual João Paulo Rillo e publicado no Jornal Diário da Região. Ele também é artista:


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