segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O “vilão” ganha mais uma vez


É notório que o povo brasileiro é otimista, mas os fatos atuais os contrariam. Um país que coloca Renan Calheiros no Senado pode ser considerado sério? Pode ser considerado em ascensão?  É importante refletirmos isso, afinal, fomos nós que colocamos as pessoas que votaram nele para comandar o legislativo.

Denunciado pelo procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF), por peculato, falsidade ideológica e desvio de dinheiro público, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), nunca poderia ter sido eleito como o novo presidente do Senado, como ocorreu em 1º de fevereiro. Iniciamos o mês da festa e da farra, com uma grande bagunça no Senado Federal.

Antes da votação, o novo presidente falou em ética. “A ética, senhor presidente e senhores senadores, é meio e não fim. A ética é obrigação de todos nós”, discursou.

Ética está associada ao estudo fundamental dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade. Fica a grande pergunta: um homem que está sendo julgado por desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e peculato pode ser considerado ético? Nunca o senador poderia ter tocado nessas palavras, pois seus significados são fortes, mas o comportamento do ilustre presidente não é. Pois quem é acusado de crimes dessa natureza, não poderia falar em ética.

Comentamos sobre o esquecimento no editorial de ontem. Há seis anos Renan Calheiros deixou a presidência do Senado pelas portas do fundo, mas devido ao esquecimento da população, ou melhor, dos governantes, ele volta pela porta da frente. E nós que saímos perdendo.

Editorial do jornal DHoje de domingo, dia 03, escrito por "mim".

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