É notório
que o povo brasileiro é otimista, mas os fatos atuais os contrariam. Um país
que coloca Renan Calheiros no Senado pode ser considerado sério? Pode ser
considerado em ascensão? É importante
refletirmos isso, afinal, fomos nós que colocamos as pessoas que votaram nele
para comandar o legislativo.
Denunciado
pelo procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF), por
peculato, falsidade ideológica e desvio de dinheiro público, o senador Renan
Calheiros (PMDB-AL), nunca poderia ter sido eleito como o novo presidente do
Senado, como ocorreu em 1º de fevereiro. Iniciamos
o mês da festa e da farra, com uma grande bagunça no Senado Federal.
Antes da votação, o novo presidente
falou em ética. “A ética, senhor presidente e senhores senadores, é meio e não
fim. A ética é obrigação de todos nós”, discursou.
Ética está associada ao
estudo fundamental dos valores morais que orientam o comportamento humano em
sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções
estabelecidas por cada sociedade. Fica a grande pergunta: um homem que está
sendo julgado por desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e peculato
pode ser considerado ético? Nunca o senador poderia ter tocado nessas palavras,
pois seus significados são fortes, mas o comportamento do ilustre presidente
não é. Pois quem é acusado de crimes dessa natureza, não poderia falar em
ética.
Comentamos sobre o
esquecimento no editorial de ontem. Há seis anos Renan Calheiros deixou a
presidência do Senado pelas portas do fundo, mas devido ao esquecimento da
população, ou melhor, dos governantes, ele volta pela porta da frente. E nós
que saímos perdendo.
Editorial do jornal DHoje de domingo, dia 03, escrito por "mim".
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