terça-feira, 7 de abril de 2015

"A Minha Insignificância" Ou "A Pré Crise Existencial"

Por Lucas Salles

Somos mais de sete bilhões de pessoas no mundo. Sete bilhões. É gente para um caralho. Mulheres, homens e petistas. Homossexuais, héteros e anarquistas. Flamenguistas, vascaínos e analistas de sistemas. Há diversos gêneros para catalogar.

Eu, certamente, devo estar num desses “grupos” onde nos dividem por cor, raça e credo. Mas eu queria ser muito mais do que isso. Talvez eu consiga. A única coisa que eu já tenho em mãos (além de calos causados pela masturbação excessiva) é a minha insignificância neste lugar chamado “Mundo”. Também conhecido como “brasilsão de meu Deus”.

Eu sou um nada. Sou um “porra nenhuma”. Nunca plantei uma árvore, nunca ajudei uma velha a atravessar a rua e nunca pulei de paraquedas. Não que essas coisas façam efeito e dêem sentido para a minha existência, mas, eu realmente ainda não fiz nada que pudesse melhorar a vida dos outros.
Porquê, na minha opinião, tem que haver alguma razão para dividirmos esse mundo (também conhecido como “brasilsão de meu Deus”) com mais sete bilhões de pessoas. Você (e eu também sou!) é um grão de areia no meio da praia de Praia Grande. Você ( e eu também) é um “porra nenhuma” no meio de uma grande “Porra Nenhuma”.

Procuremos sentido para nossas vidas, queridos. Procuremos sentido para sentir!
De que adianta termos uma vida (seja ela boa ou ruim, foda-se) se não a vivemos? Vamos acordar. Somos todos insignificantes. Claro! Mas, se juntarmos todas as nossas insignificâncias (neste caso, seria só “insignificância”, pois, resumida, torna-se geral) seremos um bando de insignificantes querendo ser significantes! Os que vão às ruas protestar por seus direitos são, na verdade, um bando de insignificantes que querem ser significantes na mudança do país (também conhecido como “brasilsão de meu Deus”). E eles estão certos? Certos para um caralho! Se tem uma coisa que eles estão, esta coisa é “certa”. Absoluta.

E os que se dedicam para ajudar os outros? São insignificantes fazendo a significância na vida de alguém. E os que ensinam? São insignificantes que são o significado de “significância”. Estes também se tornam insignificantes significantes. São os que doam sua vida e seu precioso tempo para fazer a significância na vida de alguém.

Na minha singela opinião, somos todos insignificantes que podem (e devem!) ser significantes para alguém/algo. Urgente. Temos o poder em mãos. Somos cavalos de raça alados. Somos mais forte do que imaginamos. Muito mais fortes. Limite é uma coisa que botam na sua cabeça. Que nem chifre. É só tirar.

E por mais que você pense que é um nada, saiba que você pode fazer tudo. Tudo que sempre te disseram que você não conseguiria, você consegue. Não é segredo, não. É verdade.
Quer ser médico? Você consegue. Quer ser ator e trabalhar na Globo? Você consegue. Quer ser presidente dos EUA? Você consegue. Seja significante para a sua própria vida. Desse jeito, você será significante para os outros.

Não deixe que a verdade, a nossa insignificância, te derrube. Seja significante e faça a porra da diferença.


São sete bilhões de pessoas mas você é você.


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